À uma pessoa querida...
HELY
RODRIGUES
Amigo... Nesse dia especial, nós do Fã-Clube Além Paraíso viemos lhe escrever algumas palavrinhas...
Primeiramente gostaríamos de dizer o quanto vimos em você uma pessoa forte e de muita luz!Sabemos da grande perda que tivera no final do ano passado e que com certeza deixará marcas em seu coração por toda sua vida. Mas sabemos também que, mesmo nessa época difícil, você conseguiu dar continuidade aos seus compromissos, passando pela dor e sofrimento, para trazer a alegria e fazer brotar o sorriso no rosto de cada fã. Por isso, e por tantos outros momentos que protagonizou, que ainda mais firmes dizemos: És forte, És iluminado!!!!
És também uma pequena - GRANDE pessoa, humilde, simples, carismática, atenciosa e sempre sorridente!!
És o nosso baterista, competente, ritimado e empolgante!!
És um querido e admirável tripulante do 14 BIS...
E por isso desejamos que sua vida seja só felicidade, alegrias, conquistas e realizações!!!!
Te desejamos um FELIZ ANIVERSÁRIO, repleto de muita paz, muito amor e de dias cada vez melhores!
Estamos com você sempre, pode ter certeza.
FELICIDADES hoje e sempre e a benção de Deus na sua vida.
Abraços da galera do Fã-Clube Além Paraíso.
O Fã-Clube Oficial do 14 Bis !!!
6 de mar. de 2009
A Sonoridade Barroca do 14 BIS
Se o 14 Bis já é um grupo musical original por conta da fusão rock/pop/MPB, ele apresenta ainda uma outra característica inovadora no cenário da música popular brasileira: o resgate de elementos do barroco, estilo artístico que tanto marcou a história de Minas Gerais. Uma das características mais marcantes da música barroca é o contraponto, isto é, a superposição de duas ou mais melodias que reproduzem um determinado tema. Nesse sentido, a música barroca é uma música “polifônica”. O 14 Bis tem como traço vocal característico a harmonização polifônica das vozes, o que constituiu uma novidade em termos do rock brasileiro, cujos grupos, em sua maioria, até hoje ainda cantam em uníssono. Mais ainda, a marca registrada do 14 Bis é o seu vocal de falsete, recurso até então muito pouco explorado na MPB, o qual remete, sem dúvida, ao vocal dos castrati, cantores de ópera dos séculos XVII e XVIII que, por terem sofrido ablação dos testículos, conservavam uma voz aguda e infantil mesmo depois de adultos. Assim, o vocal do grupo lembra muito um coral infantil, típico das cantatas e oratórios barrocos.Outra característica “barroca” do grupo é o uso de uma sonoridade típica da música sacra, com o emprego abundante do órgão e, vez por outra, de sinos (como em Pedras Rolantes, de 1980, por exemplo). Nessa música, a própria melodia, somada ao arranjo instrumental e à vocalização coral, cria um clima de religiosidade. É claro que o uso do órgão não é exclusividade do 14 Bis, já que o rock progressivo dos anos 60 e 70 fez amplo uso desse instrumento (e dos teclados eletrônicos em geral), mas no grupo mineiro o órgão assume um tom quase religioso, o que raramente se encontra no som de bandas como Yes, Genesis ou Pink Floyd, por exemplo. Aliás, o órgão, instrumento pouco comum na MPB, é companheiro constante dos músicos mineiros. Basta lembrarmos os acompanhamentos de órgão de Wagner Tiso nos discos de Milton Nascimento e o famoso órgão da abertura de Agnus Sei, de João Bosco, por sinal uma canção com temática religiosa. Na música mineira em geral, e na do 14 Bis em particular, a presença do órgão — e às vezes também do cravo — tem muito mais ligação com a tradição barroca do que com o rock progressivo de origem britânica. Isso se nota claramente numa peça como Salve Rainha, de Tavinho Moura e Zé Eduardo, gravada por Beto Guedes em 1977 com arranjo vocal e instrumental de Flávio e Vermelho, onde o órgão e os vocais de fundo lembram propositalmente um coral de igreja, o que é acentuado pelo título da canção.
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