24 de jun. de 2010

Filmes - Relembrando clássicos que marcam a memória

Cinema e Música = trilhas sonoras

Bons filmes, assim como livros, música etc., são aqueles que você de repente tem vontade de ver/ouvir de novo. Em meio a tantas notícias da chamada vida real (política, economia, eleições, crimes, copa do mundo etc.), vamos a um pouco de sonho que nos traz esta arte tão maravilhosa que é o Cinema, agora também acessível através do DVD. São imagens, figurinos, tramas históricas, romances, música, paisagens na tela, que nos levam a mundos distantes e nos permitem sonhar e viajar através de uma verdadeira Arte Total.

Relembro alguns que me encantam, não só pelo Cinema em si, mas também pelos sons – som da linguagem e do silêncio, além da música propriamente dita. O que apresento como sendo “clássico”, na verdade é a minha escolha pessoal que, no entanto, gostaria de compartilhar, assim como meus comentários, frutos das inúmeras vezes que assisti a tais pérolas cinematográficas. Escolhi alguns filmes que me vieram de momento:

O Poderoso Chefão I, II, III (Roberto De Niro, Al Pacino) - A primeira vez, assisti na ordem II-I-III e gostei. Noites de Cabiria (Fellini) Um mestre consumado, mesmo num filme preto&branco. Mas Sophia Loren nos faz imaginar todas as cores (e formas...) do mundo...

Gladiador Marcante interpretação de Russel Crowell, música e cenários grandiosos e belos. Os Sonhos (Kurosawa) Uma Arte Total através do Cinema; o episódio da pintura de Van Gogh, uma melodia com a profundidade das sonatas de Beethoven e melodia à la Chopin = inesquecível! Dodeskaden (Kurosawa) Os diálogos e o silêncio quase aterrador das favelas de Tóquio fazem com que o colorido das cenas, verdadeira pintura, seja a marca maior deste filme. Kagemusha (Kurosawa) A sonoridade da língua japonesa e o silêncio se alternando com música, num ritmo imprevisível de ações/diálogos, culminando com a marcha de derrota em uma batalha. Música orquestral profundamente serena e triste, na derrota. Amadeus (vida de Mozart) Apesar do personagem um tanto caricato, a seleção das músicas dele é primorosa. A Rainha Margot Isabelle Adjani, belíssima; prêmio de figurino, exatidão histórica, etc.

Quase no inicio, numa cerimônia solene, o som grandioso do órgão mostra a majestosa música de Monteverdi e Händel. No final , uma canção típica da região dos Pirineus (onde a influência da música do norte da África se faz sentir). Antonio, o Guerreiro de Deus Vida de uma grande personagem do século XII; santo católico. A canção de Pino Donaggio (autor de músicas românticas dos anos 60) se transforma numa música sinfônica e vanguardista, num arranjo bem ao estilo gótico da época, misturado com um neo-renascimento. A Hard’s Day Night (The Beatles) Ao mostrar uma imaginária trajetória de uma banda de sucesso dos anos 60’, Richard Lester misturou imaginação e realidade de uma maneira primorosa, fazendo, na verdade, o primeiro e mais original clipe da história, ao divulgar de maneira estrondosa a poderosa trilha sonora com fulminantes canções de Lennon-McCartney. Blow Up Antonioni – Londres da década 70’; Yardbirds, com Jeff Beck tocando numa ao vivo e quebrando sua guitarra, na swinging London ensandesida na época. Apocalipse Now Muita ação num filme épico de Scorcese; música fantástica de R. Wagner. Apocalypto Mel Gibson dirige uma bela mostra da assustadora e adiantada cultura dos Mayas.

Os Intocáveis Com Sean Connery e Kevin Costner. A suave música de Ennio Morricone dá uma pausa num filme tão cheio de ação. The Mission Com Robert de Niro. Mais uma belíssima música de Ennio Morricone, com um inesquecível tema tocado ao oboé, instrumento musical de belíssimo timbre. Pretty Woman (Richard Gere & Julia Roberts) Deliciosa comédia com uma cançao inesquecivel de Roy Orbinson, sucesso imediato no mundo pop. O nome da Rosa Com Sean Connery mostrando o grande ator que é, nesta versão mais light, mas tão interessante quanto o livro original de Humberto Eco. O clima é de um mosteiro medieval na Idade Média e crimes à la Agatha Christie. Dança com Lobos Com Kewin Costner. As pradarias do Oeste americano, cenário para tantos filmes marcados em nossa memória são aqui refletidas de maneira sublime e bem executada. O tema musical traz a melodia num fagote, instrumento de som melancólico, mas incomparável é belo. Vai trabalhar, vagabundo Humor bem brasileiro. Com Paulo César Pereio impagável, e ótimas canções de Chico Buarque, às vezes cantada pelo próprio, também ator no filme.


Vermelho 14 Bis