Johann Sebastian Bach (1685-1750) talvez seja de certa forma, considerado o pai da música, o músico mais universal. Sua influencia é avassaladora, seja na musica ‘erudita’ propriamente dita, passando pelo barroco, clássico, atonalismo, diverso ‘vanguardismos’, chegando ao jazz e música popular.
Compositor barroco juntava homofonia (melodia acompanhada de acordes) com densa polifonia (linhas melódicas independentes) de maneira única, como que resumindo oito séculos de música ocidental que o antecederam. Interessante notar que Bach era mais conhecido, em sua época, como um grande organista e improvisador nos teclados, do que como compositor genial que foi. Esta arte da improvisação, muitas vezes obscurecida em outras épocas, volta a ser apreciada; a figura de Bach é sempre uma referencia principalmente no que se refere ao órgão, instrumento em que era insuperável.
Outros grandes mestres como Händel, Scarlatti, Beethoven, César Franck, Bruckner e outros, teriam sido também soberbos improvisadores. Porém a maioria deles quase nada deixou registrado desta música ‘feita na hora’, na inspiração do momento. Bach, ao contrário, deixou-as escrito com absoluta precisão, sem perder em nada o ‘clima’ de improvisação. Tomemos como exemplo a famosa Toccata e Fuga em Ré menor, que começa com aquele ‘motivo’ (riff?) avassalador – talvez tão conhecido como o início da 5ª Sinfonia de Beethoven. Típica música de improviso, transposta de maneira meticulosa para partitura – por um jovem de menos de 30 anos, que já escrevia obra de tal envergadura e profundidade.
Outros grandes mestres como Händel, Scarlatti, Beethoven, César Franck, Bruckner e outros, teriam sido também soberbos improvisadores. Porém a maioria deles quase nada deixou registrado desta música ‘feita na hora’, na inspiração do momento. Bach, ao contrário, deixou-as escrito com absoluta precisão, sem perder em nada o ‘clima’ de improvisação. Tomemos como exemplo a famosa Toccata e Fuga em Ré menor, que começa com aquele ‘motivo’ (riff?) avassalador – talvez tão conhecido como o início da 5ª Sinfonia de Beethoven. Típica música de improviso, transposta de maneira meticulosa para partitura – por um jovem de menos de 30 anos, que já escrevia obra de tal envergadura e profundidade.
Bach não foi um grande inovador, no sentido do que foram Monteverdi (praticamente criador da opera e orquestra modernas), Wagner, Schönberg e outros. Tanto que na sua época era considerado representante de uma arte antiga, ao contrário de seus talentosos filhos. Porém, de maneira única, era um gênio universal da Música, sintetizando praticamente oito séculos de música ocidental., com criatividade, ousadia e qualidade técnicas e artísticas insuperáveis. Era genial em música de câmara (concerti grossi – os 6 Concertos Brandenburgo), em sua vasta e inigualável produção para órgão, cravo ou cravicembalo, orquestra com variados instrumentos solista, obras para instrumentos-solo (chaconnes para violino etc), música de igreja, corais protestantes, etc ... a lista é infindável.
Influenciou praticamente todos compositores que vieram após ele. Inclusive fez parcerias com vários deles: transcreveu várias obras orquestrais de Vivaldi, Albinoni, Corelli, etc para estudá-las e toca-las ao órgão, se tornando familiar com a fluência melódica italiana, unindo ao forte sentido estrutural da música germânica, sem falar na plasticidade dos franceses (suítes francesas). E, finalmente, gostaria de mencionar algumas curiosidades neste assunto: o 1.o Prelúdio do Cravo Bem Temperado - 24 preludio que são fundamento básico da musica tonal, se tornou, com melodia de Charles Gounod, compositor francês que viveu 2 séculos depois, a famosa Ave Maria de Bach-Gounod! As orquestrações feitas por Schonberg, Mahler e Webern, são estudos de orquestração no mais elevado nível.
A melodia “Jesus, alegria dos homens”, tirada de uma de suas cantatas se tornou uma das músicas mais gravadas, com diversos arranjos, de todos os tempos. E, sem deixar de reiterar a enorme influência em mestres do jazz, como Louis Amstrong, Oscar Peterson e outros, na música popular, recentemente uma canção de grande sucesso como trilha de novela, foi “Céu de Santo Amaro”.
Com letra e interpretação de Flávio Venturini, e participação de Caetano Veloso, ressalta a bela melodia do que teria sido um Concerto para Oboé do grande Mestre.
Finalmente: até seu nome era música. B.A.C.H. - em notação alemã são as notas Si Bemol, La,Do,Si. Um ‘motivo’ (pequeno tema) cromático, sobre o qual não só o próprio Bach escreveu inúmeras variações – Liszt, Shumann e, principalmente Max Reger, talvez o maior organista do século XVIII, escreveram Variações sobre o nome BACH.
Beethoven teria dito: Nicht Bach aber Mehr = não deveria se chamar riacho, porém, Mar.
Referências: qualquer livro ou inúmeros LP/CDs disponíveis no mercado podem ser uma boa introdução à obra de Bach. O mesmo vale a respeito da Internet, onde a citação do nome BACH, nos traz não só informações como permite baixar e ouvir parte das inúmeras obras do grande Mestre. Divirtam-se e curtam música da mais alta qualidade.
Abs,
Vermelho
Um comentário:
Amei o "Nicht Bach aber Mehr"....hahahahha..Muito bom!
Gosto muito de "Jesus, alegria dos homens"...musica q emociona muito.
Mas meu compositor classico preferido ainda é meu querido Bethoven. :)
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